domingo, 14 de março de 2010

Semana dos Povos Indígenas, convida


Abertura dia 19 de Abril no Memorial dos povos indígenas em Brasília.
A mostra coletiva organizada pela curadora Cláudia Campos, artista paulista radicada em Paris, conta com a participação dos seguintes artistas convidados:

Amélia Toledo, André Érnica Adão, Andréa Barbour, Andressa Moreira, Angela Barbour, Anita Loisel, Arluce Gurjão, Beatriz Dupin, Carla Borba, Chantal Chassat, Chica Boyriven, Christina Oiticica, Cláudia Campos, Corinne Le Brun, Cris Flaksbaum, Daniela Komives, Danielle Pellerin, Delei, Eric Schmidt, Erik Muller Thurm, Fernando Caixeta, Fernando Calvozo, Flavio Bassani, Floriane Fagot, Glaucia Jabanji, Greyce Carla Santana Xavier, Grupo Brésilcoolturel, Guto Citrangulo, Johana Beaussart, Johanna Baudou, Júlia-Keiko, Laura Rodríguez, Laurence Roussel, Lauro Monteiro, Lucas Schlosinski, Marilda di Camargo, Matthieu Blond, Michele Hennegrave, Monique Camus, Nathalie Martin, Nicole Lapierre, Patrícia Basile de Castro Kondo, Paulo Byron, Paulo Uemura, Peter Ribon Monteiro, Philipe Heresidore, Philipe Sors, Renata Valls, Rodrigo Lobo, Rosa Esteves, Rosane Gaspar, Rosina D’Angina, Rubens Ianelli, Silvio Alvarez, Sophie Ducrez, Sophie Engelmarie, Sophie Sardan, Sylvie Wucher, Tatiana Duarte, Teresinha Chiri.

A mim coube a etnia Palikur. Como sou natural de Macapá, estado do Amapá, muito me honrou poder representar plasticamente este povo. E como a biografia era extensa me ative a alguns pontos que achei interessante ressaltar principalmente o fato de o próprio nome da etnia significar do meio e estarem divididos em dois países diferentes.
Parece que aos Palikur coube aquele caminho da terceira margem do rio. O que é muito sábio.

Algumas considerações sobre os Palikur e sua relação com a obra:

A etnia Palikur está dividida entre o Amapá ( extremo norte/Oiapoque ) e a Guyanna Francesa. A maioria se estabeleceu no lado françês em consequência da indisposição com a aduana brasileira por não falarem o Português. Também eram pejorativamente chamados de "amis des françois" e acusados de contrabando por conta de suas relações comerciais estabelecidas ha séculos com o outro lado da fronteira.
Apesar dessa divisão geográfica os Palikur mantem intenso trânsito e consideram ainda o rio Urukauá como sendo a sua terra de origem ( Aúkwa no original ) que significa no meio em alusão à posição geográfica deste rio que fica entre os rios Uaçá e Curipi.
Na cosmovisão Palikur estes acreditam que o plano celeste é dividido em 6 planos e constam somente duas figuras de destaque : no segundo plano habita o Urubu-rei de duas cabeças e no sexto, Jesus Cristo, ou o Éden Cristão. Nada se sabe sobre a função do urubu-rei somente que ele ali habita. Esta figura mítica parece ter sido a única símbologia que restou depois do processo de evangelização.
Os Palikur também são reconhecidos por suas habilidades manuais entre elas a confecção de cocares com variados tipos de penas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Exposição comemora o mês da Mulher


Abriu ontem na Casa da Fazenda do Morumbi, a exposição Mês Internacional da Mulher, que contou com a participação de vários pintores e escultores. Houve apresentação musical indígena, Elvis ( cover ), grupo de sapateado e outros estilos.
A mostra fica até o dia 28 de Março, nos dois andares expositivos.
Para as minhas amigas, companheiras, presentes no evento: Obrigado por existirem.